Muitas das vezes quando ouvimos a palavra funk logo pensamos no funk de periferia brasileira o funk que ouvimos no rádio e até no noticiario da tarde (haha), mas enfim, o funk não foi criado por brasileiros, foi criado bem antes do que pensamos, achamos que começou nas periferias cariocas, uma música de aspecto protestante, contra politica, contra conceitos sociais e a favor de conceitos liberais. Mas o funk é mais do que isso, quando começou.. não sei ao certo, *e aqui eu prefiro falar do que eu sei* e o que eu sei é que...
Surgiu com os músicos negros norte americanos, que criaram o funk para ser algo mais sensual, mais lento, sexy e solto, com repetições nas letras (famosos riffis) para curtirem mais o swing da musica e assim ter uma musica mais dançante.
Nas Jam Sessiom (Em música popular, como o jazz, jam significa tocar sem saber o que vem à frente, de improvisação). Nos clubes de jazz é comum que após o número principal, os músicos presentes sejam convidados para subir ao palco e tocar junto com a banda sem nenhum ensaio prévio. Essa prática também é conhecida no brasil como "dar uma canja". fonte: Wikipédia ). Os musicos já costumavam apimentar as músicas dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!” (algo como “coloque mais ‘funk’ nisso!”).
Nos anos 30 a palavra ja aparecia e era considerada uma palavra indecente, nos anos 60, quando “funk” e “funky” eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para o uso em conversas eduacadas.
A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, no gospel e no blues.
Na música mais conteporânea, o gospel o blues e suas variantes tendem a fundir-se.
O funk torna assim uma fusão do soul, do jazz e do R&B.
James Brown, e o funk como gênero musicalSomente com as inovações de James Brown em meados dos anos 60 é que o funk passou a ser considerado um gênero distinto. Na tradição do R&B, estas bandas bem ensaiadas criaram um estilo instantaneamente reconhecível, repletos de vocais e côros de acompanhamento cativantes. Brown mudou a ênfase rítmica 2:4 do soul tradicional para uma ênfase 1:3, anteriormente associada com a música dos brancos - porém com uma forte presença da seção de metais. Com isto, a batida 1:3 virou marca registrada do funk 'tradicional'. A gravação de Brown feita em 1965, de seu sucesso "Papa's Got a Brand New Bag" normalmente é considerada como a que lançou o gênero funk, porém a música Outta Sight, lançada um ano antes, foi claramente um modelo rítmico para "Papa's Got a Brand New Bag." James Brown e os outros têm creditado a criação do gênero a Little Richard que em turnê com sua banda The Upsetters, com Earl Palmer na bateria, em meados dos anos 50, como sendo a primeira a colocar o funk na batida do rock 'n' roll. Após a sua saída temporária da música secular para se tornar um evangelista, alguns dos membros da banda Little Richard, se juntaram a Brown e à sua banda Famous Flames, começando uma sequência de sucessos em a partir de 1958.Década de 1970 e atualidadeNos anos 70, George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic, desenvolveu um tipo de funk mais pesado, influenciado pelo jazz e Rock psicodélico. As duas bandas tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como 'Parliament-Funkadelic'. O surgimento do Parliament-Funkadelic deu origem ao chamado P-Funk', que se referia tanto à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.
Outros grupos de funk que surgiram nos anos 70 incluindo: Mandrill, B.T. Express, Average White Band, The Main Ingredient, The Commodores, Earth, Wind & Fire, War, Lakeside,Brass Construction, KC and the Sunshine Band, Kool & The Gang, Chic, Cameo, Fatback, The Gap Band, Instant Funk, The Brothers Johnson, Ohio Players, Wild Cherry, Skyy, e músicos/cantores como Jimmy "Bo" Horne, Rick James, Chaka Khan, Tom Browne, Kurtis Blow (um dos precursores do rap), e os popstars Michael Jackson e Prince.Nos anos 80 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, à medida que as bandas se tornavam mais comerciais e a música mais eletrônica. Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force (em parceria com Afrika Bambaataa). A partir do final dos anos 80, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos de funk (principalmente dos vocais de James Brown) começaram a ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music.
Nesta época surgiu também algumas derivações do funk como o Electro que fazia grande uso de samplers, Caixas de ritmos e sintetizadores. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop.
Os anos 80 viram também surgir o chamado funk-metal (também conhecido como funk rock), uma fusão entre guitarras distorcidas de heavy-metal ou rock e a batida do funk, em grupos como Red Hot Chili Peppers (rock) e Primus (metal).
FONTE: Fonte da POSTAGEM.
A partir da década de 80, o funk no Rio foi influenciado por um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas. A partir de 1989, quando os bailes começaram a atrair cada vez mais pessoas, foram lançadas músicas em português. As letras retratavam o cotidiano dos frequentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas. Na época, o funk falava sobre as drogas, as armas, os comandos, mas artistas desta fase, como Claudinho e Buchecha, evoluíram para outros tipos de tema. Ao mesmo tempo que as músicas abordavam o cotidiano das classes baixas, alguns bailes começaram a ficar mais violentos e ser palco de "brigas de galeras", onde pessoas de dois lugares dividiam a pista em duas e quem ultrapassasse as fronteiras de um dos "lados", era agredido pela outra galera. A pressão da polícia, da imprensa e a criação de uma CPI na Assembléia do Rio de Janeiro em 1999 e 2000 acabaram com a violência em grande parte dos bailes, ao mesmo tempo que as músicas se tornaram mais dançantes e as letras, mais sensuais. Esta nova fase do ritmo, descrita por alguns como o new funk, se tornou sucesso em todo o país e conquistou lugares antes dominados por outros ritmos, como o Carnaval baiano. Recentemente o Funk tem se firmado como o ritmo mais ouvido e o mais influenciador da juventude carioca. Do morro ao asfalto o Funk conseguiu de uma maneira não muito usual, integrar as classes cariocas, tão grotescamente divididas na geografia da cidade. Ao falar sobre a realidade e atual situação do Rio de Janeiro de maneira irreverente e muitas vezes criminosa, curiosamente o Funk caiu nas graças da massa jovem. Seu ritmo envolvente e batida forte também contribuiram para essa adoração. Algumas letras eróticas e de duplo sentido também revelam uma criatividade e liberdade de expressão não comuns a outros estilos musicais no Brasil. O Funk ganha cada vez mais espaço fora do Rio e ganha reconhecimento internacional, sendo eleito umas das grandes sensações do verão europeu em 2005 e ser base para um hit de susesso da cantora MIA, "Bucky Done Gun". Com o nascimento de novas equipes de Funk e rádios de Funk, além do interesse cada vez maior nos bailes por parte da classe média, principalmente o baile do castelo das pedras, em Rio das Pedras, Zona Oeste, MINHA OPNIÃO:
Eu acredito que como qualquer outro estilo musical, o funk tem suas origens, sua história, e suas influências, e só podemos então formar uma opinião sobre, ao conhecermos elas, como vimos acima. O funk tem belas origens e boa história, adorei conhecer mais a fundo junto com os que também leem aqui.
Mas o funk brasileiro, não o vejo assim com tão bons olhos como a fonte acima menciona. Vejo que o funk sim evoluiu, e cresceu e se tornou sensação, mas será que de forma positiva e participante para uma sociedade melhor e cidadãos melhores consigo mesmo? Creio eu que o funk se torno muito como forma de expressão, e que assim dizer ouzo a falar que "expressa qualquer coisa que vem a mente", acho que a música em sua totalidade é Arte, e como arte ela leva a pessoa se identificar com o trabalho a se conhecer e saber como ela é como pessoa, se encontrar, se realizar ou até mesmo esclarecer suas dúvidas, sentimentos, medos e etc. Mas o funk evolui para um lado forte e ousado, que diz muito sobre o artista e o lugar ou como ele vive ou que faz. Com poucas palavras ele tenta passar uma mensagem, ou as vezes penso que nem isso tenta. Confesso que acho o funk uma arma poderosa para se alcançar objetivos, tem letras fáceis e que fica na cabeça de qualquer um, só que essa "arma" muita das vezes penso que está em mãos erradas. Criações de letras já por si apelativas para diversos contextos e criação de versões como para o qual "proibidão" mudam assim a estratégia do funk que conhecemos mais a fundo hoje, que creio eu que era tratar de assuntos polêmicos como sexo, mas de maneira sutil, e envolvente. O funk sim uniu morro e asfalto, mas para qual propósito? em sua maioria vejo que a união não resultou em respeito e nem paz entre as classes. Mas faço aqui o contra ponto de que em sua minoria vejo que o funk brasileiro tem músicos que buscam uma interação pacifica que fazem a diferença e mostram resultados positivos para o sociedade e para si mesmo. E assim digo que respeito mas não curto funk em sua totalidade como a maioria.
Obrigado, espero que tenham gostado tanto quanto eu :)
Bom dia!
Adorei a postagem anterior. Caraca... faço das suas as minhas palavras.
Tudo de bom!
Parabéns! Achei bastante esclarecedor e me ajudou ainda mais na pesquisa sobre o assunto.
Att,